Novas formas de luta
Em meio a pandemia, SINTAJ reformula suas ações e atividades
O ano de 2020 foi bastante atípico. A pandemia de covid-19 obrigou a todos os que não atuavam em atividades essenciais a cumprirem isolamento durante grande parte do primeiro semestre. A medida afetou muito a economia e as atividades sociais, principalmente as que causam aglomeração. Diante disso, as empresas, organizações e prestadores de serviço tiveram que se reinventar. Criar uma forma de seguir realizando suas atividades, apesar da necessidade da manutenção do distanciamento, que se manteve mesmo após a reabertura do comércio e retomada da maior parte dos serviços.
Com o SINTAJ não foi diferente. A entidade sindical teve que pensar novas formas de manter a luta pelos trabalhadores do Judiciário baiano e as suas ações sociais dentro dessa nova realidade. Para dar conta dessa conjuntura o sindicato se engajou em grupos decisórios do TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia), adaptou atividades que já aconteciam presencialmente e criou iniciativas inovadoras.
SINTAJ em Casa
A primeira novidade lançada pelo sindicato para se adaptar aos novos tempos foi o SINTAJ em Casa. O projeto consistia em uma série de lives realizadas quinzenalmente às quartas-feiras, às 19h, nas quais especialistas debateram temas relevantes e de interesse da sociedade. A iniciativa contou com quatro transmissões entre os meses de junho e julho. As lives contemplaram os temas teletrabalho, as consequências do isolamento na vida dos mulheres, pandemia e finanças públicas na Bahia e os impactos psicológicos da pandemia na vida dos trabalhadores. O SINTAJ em Casa foi uma forma que o sindicato encontrou de continuar cumprindo a sua função social.
“O projeto SINTAJ em Casa foi uma iniciativa da nossa coordenação para garantir a manutenção do trabalho de formação do sindicato durante a pandemia. A gente utilizou as redes sociais para levar aos nossos filiados e ao público geral temas relevantes e de grande importância social”, afirmou o coordenador de comunicação do SINTAJ, Alberto Miranda.
Visita Virtual
Em 2020, a entidade sindical também passou a fazer visitas, assembleias e encontro de delegados virtuais. Todas as atividades citadas, sempre feitas presencialmente, passaram a acontecer através de aplicativos de chamadas de vídeo. As dinâmicas, no geral, foram mantidas, fazendo-se somente as adaptações necessárias. Durante as visitas, os coordenadores passaram informações e ouviram as demandas dos trabalhadores; na assembleia foi feita a prestação de contas referente ao ano de 2019 e na reunião de delegados, os coordenadores e os delegados sindicais pensaram juntos quais estratégias de luta seriam utilizadas em 2020.
Para o coordenador geral do sindicato, Rudival Rodrigues, o grande objetivo das visitas e assembleias virtuais é fazer com que a entidade não se desligue da base, mesmo nesse momento em que a presença física não é possível. “Decidimos fazer visitas e assembleias virtuais para mantermos viva a relação entre os servidores e o sindicato. Esse contato é importante para garantir aos trabalhadores o direito às informações colhidas e produzidas pelo SINTAJ”, explicou.
Gustavo Vieira, coordenador intersindical do SINTAJ, segue a mesma linha ao falar do encontro de delegados virtual. “O encontro é muito importante para que a coordenação do SINTAJ possa, de forma coletiva, tirar as dúvidas e ouvir a base”, justificou.
Proteção dos trabalhadores
Para preservar a saúde e proteger a vida dos trabalhadores do Judiciário e do povo baiano representantes da coordenação do SINTAJ passaram a participar de reuniões e grupos que decidiriam como se dariam as atividades presenciais da Justiça baiana durante a pandemia, a exemplo do comitê de saúde da Corte.
“No comitê de saúde pudemos contribuir com ideias e posicionamentos importantes, como, por exemplo, o manuseio adequado dos processos físicos, a necessidade de intervalo entre os turnos nos ambientes onde funcionam duas unidades, dentre outras”, relatou o coordenador de convênios e representante da entidade sindical no comitê, Paulo Fernando.
O sindicato ainda se posicionou contra o retorno ao trabalho presencial todas as vezes em que considerou a decisão precipitada, conseguindo adiar a volta em vários momentos. A entidade participou da formulação de todas as diretrizes de segurança implantadas pelo TJ-BA para a realização dos trabalhos nas unidades, apesar de ainda discordar da decisão da Corte de retomar os trabalhos em outubro.
“Acompanhamos atentamente a elaboração e implantação das diretrizes de segurança. Sempre em defesa da saúde dos trabalhadores da Justiça baiana e das pessoas que circulam nas unidades judiciais e administrativas do TJ-BA. E assim nos manteremos sempre”, finalizou Paulo Fernando.
Além dos encontros para tratar da proteção dos trabalhadores no que diz respeito à pandemia, o SINTAJ também participou de reuniões com a administração da Corte, a COJE (Coordenação dos Juizados Especiais), a CPA (Comissão Permanente de Avaliação) e o Comitê de Gestão de Pessoas para garantir que os servidores recebessem as progressões funcionais, direito assegurado à categoria.