… Brasileiro, mas sem nenhum orgulho, ainda.
Oh Brasil!
Ouve teu hino,
Abraça-o, ou rejeita-o,
Ainda não ouvi o grito do Ipiranga
E meu “sol”, ainda não raiou em “liberdade”
E o penhor da igualdade
Buscamos dia após dia, na própria sorte,
Como entoá-lo, oh pátria amada, Brasil?
Um sonho intenso é um desafio de dor
E a esperança, nesta guerra perece,
E teu formoso céu é-me tristonho e ímpio,
Para mim e meus “irmãos” só escurece,
Em “tamanhos”, realmente és gigante,
És Sul e Norte, em carne e osso,
Mas teus “tempos” contradizem “suas belezas”
E dos filhos deste solo, sabes que não és mãe gentil!
Senão daqueles que continuam deitados,
“Eternamente, em berço esplêndido”,
Às margens do mar, meu rio imundo;
Oh Brasil!
Teu florão, ainda não me mostra o novo mundo,
Continuas, meu Brasil de “dor” eterna,
E este é o lábaro que em meu corpo rasgado
Ostento em cinza-escuro
Enquanto ao longe, ecoa um som verde-alourado;
É por um sonho de justiça muito forte
Que resta, com quem ora morre em luta
E só a ti teme como a própria morte! Terra malvada;
Entre nós, tantos Brasis,
Como posso, em brado retumbante, entoá-la,
Ó pátria amada!
Se sabes, que dos “filhos deste solo” não és mãe gentil,
Como então ser Pátria amada,
Brasil?!