Sintaj realiza primeiro Encontro de Delegados de 2020

Redação SINTAJ 2 MIN PARA LER

O Encontro de Delegados é o momento em que a coordenadoria executiva do SINTAJ se reúne com as suas lideranças das unidades judiciárias para ouvir os anseios da base e debater o desenvolvimento das ações do sindicato. Alinhar as necessidades e expectativas dos trabalhadores do Judiciário baiano e transformá-las em estratégias políticas é o objetivo dessas reuniões.

Para que essas ações tenham a maior efetividade possível o sindicato realizou o primeiro encontro com os delegados de 2020 ainda em março. O evento aconteceu no dia 6 e, em meio a conjuntura de reformas neoliberais impostas pelos governos estadual e federal, foi essencial para os servidores da justiça baiana pensarem suas formas de luta.

O encontro, realizado no Fórum Regional do Imbuí, foi aberto pela coordenação do SINTAJ, que passou informações sobre a primeira reunião com o novo presidente do TJ-BA, desembargador Lourival Trindade. Após os informes os trabalhadores discutiram as estratégias de luta para o ano de 2020 e levantaram questões que consideraram pertinentes, além de levar para a direção as demandas dos seus colegas nas unidades.

Economista Ana Georgina Dias fala sobre a Reforma da Previdência estadual. Foto: Caique Oliveira/Sintaj

No turno da tarde a economista e supervisora técnica do DIEESE, Ana Georgina Dias, fez uma explanação sobre as novas regras para a aposentadoria dos trabalhadores do serviço público baiano, implantadas pela reforma proposta pelo governador Rui Costa e aprovada na Alba (Assembleia Legislativa da Bahia) ainda em janeiro deste ano. A palestra foi aberta para todos os trabalhadores do Judiciário baiano.

Trabalhadores do Judiciário baiano assistem palestra sobre Reforma da Previdência. Foto: Caique Oliveira/Sintaj

Dias explicou de forma clara e acessível todas as mudanças que a nova lei traz para os servidores. Tocou em pontos cruciais como idade mínima e tempo de contribuição, cálculo do valor do benefício, pensão por morte e regras de transição. A economista salientou que a reforma estadual foi bastante inspirada na reforma da previdência nacional (EC 103), que também engloba os trabalhadores da iniciativa privada, e destacou o quanto ambas prejudicam mais as mulheres do que os homens.

A supervisora ainda aproveitou os momentos finais da sua apresentação para falar da reforma administrativa proposta pelo governo federal que, dentre outras medidas danosas, propõe diminuir o salário dos trabalhadores do serviço público e congelar progressões, proventos e a realização de concursos. Dias destacou que é necessário desconstruir na sociedade a ideia de que todos os trabalhadores estatais recebem altíssimas remunerações. “Na cabeça das pessoas todo mundo no serviço público tem salário de auditor e de juiz”. Após a fala de Dias os participantes puderam fazer perguntas e tirar dúvidas com a palestrante.